Em sua decisão, o magistrado considerou o laudo de exame necroscópico, bem como os depoimentos das testemunhas do crime.
O juiz Ederson Batista de Morais também manteve a prisão preventiva do réu, considerando informações de que o PM chegou a ameaçar de morte um dos policiais responsáveis por sua prisão, "o que revela a necessidade de garantia da ordem pública, face à possibilidade de que ele volte a delinquir". Também foi considerada a conveniência da instrução criminal, na medida em que o procedimento adotado pelo réu, mesmo diante de policiais armados, demonstra que ele pode chegar a ameaçar as testemunhas do caso.
"De doido ele não tem nada"
Em setembro passado, o soldado Gleyson recebeu licença da junta médica da Polícia Militar para que fosse submetido a tratamento de saúde mental. Para Vitória Régia de Medeiros, que é irmã de Vanessa e também é advogada, o policial “de doido não tem nada”.
Vitória Régia e Gleyson se encontraram durante a audiência de instrução que aconteceu em Natal, onde ela prestou depoimento. "Perguntei se estava satisfeito com o que tinha feito, e ele ficou calado, com um ar de riso. Está muito bem obrigado. Muito bem vestido, mais gordo e nem algemado estava", afirmou a advogada.
Para o juíz, o quadro de insanidade do acusado não foi comprovado. Na decisão, Ederson Solano destacou que em mais de 6 anos de trabalho como policial militar, Gleysson Araújo nunca precisou ser afastado para se tratar de nenhum problema relacionado à saúde mental.
Ainda de acordo com o juiz, o fato de o policial ter ensino médio completo, já ter cursado durante certo tempo o ensino superior e ter sido aprovado em concurso público de "significativa dificuldade" pesam contra a instauração do incidente de insanidade mental. O magistrado ressalta também que o acusado "sequer soube dizer qual o distúrbio que em tese o acometia, mesmo sendo pessoa de relevante grau de instrução".
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