A Polícia Federal vem travando três guerras, ultimamente: a
que tenta combater o crime cotidianamente; a luta contra os descasos do governo
e uma batalha interna entre delegados e demais servidores da instituição
(agentes, escrivães, papiloscopistas, etc.). Misturado a outros problemas
elencados pela categoria, esse cenário conturbado tem gerado vários protestos
dentro da instituição, inclusive com a ameaça de os PFs pararem as atividades
durante os jogos da Copa do Mundo 2014.
O alto grau de estresse na polícia mais ‘cobiçada’ do país
fica comprovado por uma estatística preocupante: de março de 2012 a agosto de
2013, pelo menos 11 policiais federais cometeram suicídio, conforme reportagem
publicada pela revista Isto É, no ano passado. É quase um suicídio por mês. É
um número maior do que o de mortos em combate.
De acordo com a reportagem, uma pesquisa realizada pela
Universidade de Brasília constatou que a Polícia Federal submete seus policiais
a um regime de trabalho militarizado, sem oferecer o treinamento militar para
isso. O resultado é um elevado número de policiais acometidos por depressão e síndrome
do pânico, culminando na decisão de tirarem a própria vida.
Assim, “a absurda estatística de suicídio”, como frisa a
Federação Nacional dos Policiais Federais, está entre os motivos dos vários
protestos que a categoria tem realizado no Brasil.
Paralelo
De acordo com dados do governo federal, o efetivo da PF é de
aproximadamente 14 mil profissionais, mais ou menos o número de homens e mulheres
que compõem os órgãos de segurança da Paraíba (polícias Civil, Militar,
Bombeiros e sistema penitenciário).
A comparação pode não ser a ideal, mas nós não temos
conhecimento de um índice tão elevado de suicídio nos órgãos estaduais de
segurança (pelo menos aqui na Paraíba), apesar das gigantescas diferenças
existentes com o órgão federal.
De fato, uma realidade preocupante.
Fonte:Paraíba em QAP
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