Um delegado da Polícia Civil de Campina Grande foi preso em flagrante
sob a suspeita de crime de 'concussão', conhecimento popularmente como
extorsão. A informação foi confirmada pelo delegado e superintendente da
Polícia Civil de Campina Grande, Marcos Paulo Vilela, responsável pela
autuação em flagrante do delegado. No ato do recebimento de uma
quantidade de R$ 1.400 o delegado foi preso e encaminhando para a
Central de Polícia para os procedimentos.
Segundo as investigações da Polícia Civil de Campina Grande, o delegado
ao perceber pendências administrativas do proprietário do veículo junto
ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran) ameaçou apreender o
automóvel. “Mesmo com essas restrições que a documentação do veículo
apresentava não tinha nada a ver com a criminal e ainda que tivesse
nenhum policial tem direito de extorquir dinheiro dos cidadãos. A
maioria dos policiais é honesta e realiza um trabalho comprometido com a
sociedade”, disse.
O superintendente da Polícia Civil de Campina Grande, Marcos Paulo
Vilela explicou que a extorsão vinha ocorrendo desde o sábado (16).
Segundo ele, o delegado e o filho interceptaram um veículo dirigido por
um funcionário dos empresários extorquidos. “Eles pediram inicialmente o
pagamento de R$ 10 mil e o comerciante ficou com medo do empregado dele
fosse preso, então, o delegado o acompanhou até uma agência da Caixa
Econômico, onde foi feito um saque de mil reais e achou que o problema
tinha dado por terminado. Mas durante a semana ele voltou a procurar os
comerciantes exigindo mais dinheiro, o que ocasionou no flagrante que
fizemos”, frisou.
A Polícia Civil solicitou também a prisão preventiva do filho do
delegado, apontado como cúmplice nas extorsões. “O filho se fingia de
policial civil. Era coautor das extorsões que o pai fazia. Nós já
pedimos a preventiva dele também. E acreditamos que com essa divulgação
outras pessoas que foram lesadas procurem a polícia para relatar
extorsões praticadas pela dupla”, disse.
O delegado foi preso em flagrante ao receber os R$ 1.400 presos em
borrachas. Ao inquérito serão inseridas como provas as fotos do
flagrante, uma cópia do comprovante do saque realizado no dia 16 de
agosto e a apreensão do documento original do veículo que estava de
posse do delegado. Os comerciantes vítimas da extorsão haviam recebido o
veículo como transação de crédito com outro empresário e, segundo
Marcos Paulo, ficaram apenas com uma cópia do documento do veículo. Os
dois serão processados por extorsão com base no artigo 316 do Código
Penal e a punição varia de dois a oito anos de reclusão.
Fonte:G1/PB
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